Reservatórios que atendem regiões metropolitanas estão em níveis críticos; autoridades alertam para necessidade de economia de água

  • 29/12/2025
(Foto: Reprodução)
Calor extremo e falta de chuva ameaçam deixar sem água milhões de brasileiros O calor extremo e a pouca chuva ameaçam deixar sem água milhões de brasileiros. Reservatórios que atendem as regiões metropolitanas estão em níveis críticos, e as autoridades dizem que é preciso adotar medidas urgentes de economia. O calor aperta, o consumo de água aumenta e os reservatórios baixam perigosamente. É uma combinação que se repete com cada vez mais força e frequência. Em Minas Gerais, o sistema Paraopeba, que abastece cerca de 3,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, opera hoje com 46,6% da capacidade. Algumas cidades já registram falta de água. Na casa da dona de casa Luciene Rafaela, em Contagem, as torneiras estão secas desde a véspera do Natal. "Está sendo difícil lidar com essa situação com duas crianças, período de férias, um período do qual eles estão bem agitados, e não está tendo esse recurso", diz Luciane. A população de São Paulo vem sentindo os efeitos da seca desde agosto, quando a Sabesp começou a reduzir a pressão da água durante as madrugadas. A manobra, para evitar desperdício com vazamentos, seca torneiras de quem não tem caixa d’água ou mora em locais mais altos. Há 20 dias, a moradora Ingrid Guedes Leite estoca água em uma piscina de plástico para o banho dos filhos e a situação não melhora: "Hoje é dia 29 de dezembro. Agora, se essa água não chega, como é que vai ser o nosso réveillon? Sem água?", pergunta. O risco é grande e ninguém esquece da falta d’água em 2014 e 2015, quando foi preciso recorrer ao volume morto - a retirada profunda da água da reserva técnica dos mananciais, que normalmente não é usada para o abastecimento da população. Para a pesquisadora da USP, a situação já é de crise. "Todos os reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo estão, na sua totalidade, com um nível mais baixo do que estavam no ano pré-crise hídrica. Então, realmente, eu considero que nós já estamos em uma crise hídrica”, afirma Ana Paula Fracalanza, pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados /USP. Reservatórios que atendem regiões metropolitanas estão em níveis críticos; autoridades alertam para necessidade de economia de água Jornal Nacional/ Reprodução O sistema Cantareira fornece água para quase metade - 46% - da população da Região Metropolitana de São Paulo. No final de dezembro de 2024, o volume de água girava em torno de 46%. Agora, está em cerda e 20%. Uma represa é parte importante do sistema e dá para ver como a água baixou: a terra esturricada em volta mostra a gravidade do problema. A família que foi aproveitar a folga se assustou com a paisagem. "Nós viemos com a intenção de fazer aqui a pesca, as crianças brincarem aqui, mas infelizmente está muito seco”, conta o gerente de produção Rafael Carvalho. Há oito dias, os reservatórios do Sistema Integrado Metropolitano continuam baixando. A redução noturna da pressão da água é parte de uma série de providências que podem chegar até o rodízio, mas ainda estamos distantes do racionamento, segundo a secretária do Meio Ambiente, que participou do processo de concessão da Sabesp em 2024. Ela explica que o monitoramento é constante, mas é preciso chuva no lugar certo, obras e consumo consciente da população. "Para a gente, de fato, conseguir ter uma segurança hídrica cada vez maior, além das obras estruturantes, além do plano de redução de perdas robusto que nós estamos fazendo, isso muito em virtude do novo contrato da Sabesp, é importante, sim, que a gente tenha um consumo racional. Que a gente, por exemplo, não lave a calçada com mangueira, que quando for escovar os dentes, a gente feche a torneira, que a gente tome banhos mais curtos, cinco minutos. Isso ajuda muito no todo. Então, pequenas ações fazem muita diferença, principalmente no cenário que nós estamos de mudanças climáticas”, afirma Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de SP. LEIA TAMBÉM Falta d’água afeta ao menos seis cidades da Grande BH; reservatórios operam abaixo de 50%

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/12/29/reservatorios-que-atendem-regioes-metropolitanas-estao-em-niveis-criticos-autoridades-alertam-para-necessidade-de-economia-de-agua.ghtml


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